TECNOLOGIA E FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS
No passado, existia a tecnologia analógica e a digitalmente programável. Hoje, há a tecnologia digital, que corresponde a um microprocessador dentro do aparelho auditivo.
O som é captado pelo microfone do aparelho, que converte a onda sonora em onda elétrica e realiza uma conversão analógica-digital, mais precisamente numa sequência de números binários, para que o amplificador, “coração” do aparelho, realize o processamento digital do sinal, amplificando de acordo com os recursos disponíveis no aparelho pelo fabricante, permitindo dessa forma controles muito mais precisos. Então, o sinal digital amplificado é convertido novamente em analógico para chegar ao receptor e, este transformar a onda elétrica amplificada em onda sonora novamente para ser enviada ao canal auditivo do indivíduo. O sistema de amplificação é processado conforme a perda auditiva do indivíduo e as características adaptativas do aparelho, como: redutor de ruído forte e fraco, direcionalidade do som, gerenciamento da microfonia, etc. são ativados de acordo com as necessidades específicas de cada um – uma verdadeira personalização do aparelho.
O processamento digital do sinal proporciona um som mais claro, nítido e oferece uma amplificação diferenciada de acordo com a intensidade do som que está entrando pelo aparelho, isto é, dando mais amplificação para sons mais fracos para que possam ser percebidos; uma amplificação média para sons de fala para melhor compreensão e menor amplificação para sons mais intensos para que não incomodem.
Os aparelhos auditivos podem compensar a perda auditiva, mas não restauram a audição “normal”. O que eles podem fazer é tornar a audição mais fácil e mais confortável. Os usuários de aparelhos auditivos podem esperar ouvir melhor a maioria dos sons e compreender melhor a fala. Além disso, os usuários relatam melhores relações familiares, aumento da auto-estima, melhor saúde mental e maior independência e segurança.
O valor desta melhor qualidade de vida não tem preço.
ESTILO DE APARELHOS AUDITIVOS
Os aparelhos auditivos são divididos em três modelos principais: BTE (retroauriculares), ITE (intra-aurais) e RITE (receptor no canal).
Aparelho auditivo Retroauricular (BTE) é colocado por trás da orelha. Geralmente, é ligado a um molde, feito sob medida para o seu formato de pavilhão e canal auditivo, de modo a direcionar o som para dentro do canal. Apesar do aparelho retroauricular dar a impressão de aparecer mais, pode frequentemente ser escondido pelo cabelo e apresenta mais potência para atender às perdas mais severas. Hoje, há também o aparelho retroauricular de adaptação aberta que é ligado a um tubo fino e uma ponta que pode ser instantaneamente adaptado na sua orelha, que tem por principais objetivos amplificar os sons sem proporcionar sensação de oclusão (sensação de orelha tampada). Seu tamanho também pode variar de acordo com a potência interna do mesmo.
Aparelho Auditivo Intra-Aural (ITE) é feito sob medida para ser adaptado aos contornos da sua orelha. O tamanho, o formato da orelha e o grau da perda auditiva determinarão o modelo e o tamanho do melhor aparelho auditivo intra-aural para o seu caso. O aparelho pode ser:
Intra-auricular (ITE) ocupa toda a parte externa do canal e da concha, onde são colocados todos os componentes do aparelho.
Intra-canal (ITC) adaptado na entrada do canal auditivo.
Micro-canal (CIC) adaptado mais internamente no canal auditivo. Pode ser considerado praticamente invisível devido ao seu minúsculo tamanho, mas depende da perda auditiva do paciente e do formato do canal auditivo.
Aparelho Auditivo com Receptor no Canal (RITE) é um tipo híbrido, cujos componentes principais do aparelho auditivo ficam atrás da orelha, como um aparelho retroauricular e, o receptor fica dentro do canal auditivo, como se fosse um aparelho intra-aural.