REABILITAÇÃO VESTIBULAR – RECUPERAÇÃO DO EQUILÍBRIO

Equilíbrio

 

Possuímos três sistemas que nos informam a posição de nosso corpo no espaço: o sistema visual que é diretamente controlado pelo cérebro e nos auxilia a observa alvos visuais, informando a respeito do ambiente em que estamos; o sistema proprioceptivo (músculos e articulações), que informa ao cérebro o posicionamento do corpo no espaço; o sistema vestibular (labirinto), que informa ao cérebro todos os movimentos e nos permite fixar o olhar nos objetos durante o deslocamento do corpo.

 

Sistema do Equilíbrio

 

O labirinto está dentro do ouvido e possui duas partes cada uma responsável por um tipo de informação – o vestíbulo nos informa sobre os movimentos e a cóclea que é responsável pela audição..

 

Conceitos importantes

 

O labirinto está dentro do ouvido e possui duas partes cada uma responsável por um tipo de informação – o vestíbulo nos informa sobre os movimentos e a cóclea que é responsável pela audição.

Tontura = queixa subjetiva

Tonturas: Falsa sensação de movimentação de um objeto no meio que o circunda; manifestação subjetiva de perturbação do equilíbrio corporal
Vertigem: Tontura de caráter rotatório
Desequilíbrio: Incapacidade de se manter em posição ortostática sem ajuda

Tonturas – Estatísticas
• Uma em cada 10 pessoas no mundo tem ou teve tontura de origem vestibular.
• É duas vezes mais comum no sexo feminino do que no masculino.
• Em todas as áreas médicas há pacientes com vertigem ou outros tipos de tontura.
• Cerca de 85% das tonturas são originadas por disfunção do sistema vestibular.
• Até os 65 anos a tontura é o segundo sintoma de maior
• Prevalência no mundo, perdendo somente para a cefaléia.
• Acima de 65 anos é o sintoma mais prevalente.
• Em pessoas com mais de 75 anos a prevalência é da ordem de 80%.
(Ganança et al., 2000)
_ “A prevalência das queixas de equilíbrio na população acima de 65 anos é de 85%.”
(Bittar et al., 2000 / Hirvonen et al., 1997)

Avaliação otoneurológica
“Conjunto de procedimentos que levam ao diagnóstico mais preciso das localizações e causas das afecções do aparelho vestibular” (Consenso de Vertigem, 1999)

Indicações
A avaliação otoneurológica está sempre indicada quando o paciente apresentar:
– Alterações do equilíbrio – que são relatadas como tonturas, instabilidade postural, zonzeira, etc., que podem surgir com a mudança de posição ou não.
– Alterações auditivas – incluindo as disacusias neurossensoriais, principalmente quando unilaterais, sensação de abafamento, flutuação da audição e zumbido.
– Síndromes neurológicas de fossa posterior – os pacientes que apresentam afecções em fossa posterior devem ser submetidos à avaliação otoneurológica com o intuito de se localizar o nível da lesão (tronco encefálico alto, médio, baixo ou cerebelo).
– Distúrbio de aprendizagem – crianças com mau rendimento escolar também devem ser avaliadas, pois não é raro apresentarem alteração vestibular repercutindo no equilíbrio corporal. Isso pode trazer alterações na noção de lateralidade e espaço, além de causar desatenção na aula.

Reabilitação Vestibular
Os objetivos da reabilitação são de promover a estabilização visual durante os movimentos de cabeça; melhorar a interação vestíbulo-visual durante a movimentação da cabeça; ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica e diminuir a sensibilidade individual à essa movimentação.
Os exercícios devem ser introduzidos lentamente, para que o paciente possa se sentir menos ansioso e mais flexível quanto à introdução de novos exercícios. À medida que os sintomas diminuem atividades mais difíceis vão sendo introduzidas. Um paciente que apresenta condição física precária pode limitar o tratamento baseado em exercícios. Fatores psicológicos também podem influenciar no bom andamento do trabalho.
Todos os pacientes portadores de vestibulopatias são beneficiados com os exercícios. Estes são exercícios posturais com movimentos de cabeça, pescoço , olhos e podendo associá-los com a marcha. Os pacientes muito acometidos começam os exercícios deitados e gradualmente progridem para sentar, em pé e por último em movimento. Alguns dos exercícios são: focalizar o dedo e afastá-lo e aproximá-lo; movimentos com os olhos pra cima e para baixo; jogar uma bola de uma mão para outra acima do nível dos olhos e atravessar a sala com olhos abertos e depois fechados, entre outros.

 

Procure um médico ou fonoaudiólogo.
Elaborado por: Fga Renata Jacques Batista
CRFa 6-2200

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